Zonzando pela sessão de documentários da Netflix, dei de cara com um que me chamou a atenção logo pelo nome, "Living on one dollar" (Vivendo com um dólar, em português). Fui ler a sinopse e por mais que eu tenha achado interessante, confesso que não foi tipo "ooooh meu Deus TENHO QUE VER!", mas o suficiente pra que eu colocasse na minha listinha. Ai um dia, sem nada pra fazer e com sede de assistir algo diferente, dei play no documentário. E foi a melhor coisa que eu fiz.
  "Living on one dollar" é um documentário sobre um projeto desenvolvido pelos americanos Zach Ingrasci e Chris Temple, estudantes de economia, que após saberem em uma aula que mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo vivem na pobreza extrema, decidem partir para o pequeno vilarejo de Pena Blanca, na Guatemala, que tem aproximadamente 300 habitantes. Junto  com eles, vão também Sean Leonard e Ryan Christoffersen, que iriam ajudar nas filmagens, a documentar todo o período de 52 dias em que morariam lá. Mas eles simplesmente gravariam como vivem os moradores e ficariam no bem bom? Não, não. Eles decidem viver o mais próximo possível da realidade dos moradores do vilarejo e pra isso, vivem com apenas um dólar por dia cada um.
   Parece fácil? Mas não é.
   Achei que eles fossem tirar a experiência de letra, mas ao longo do documentário, vemos o quão difícil é pra eles (ainda mais por virem de uma vida confortável) se acostumarem as péssimas condições de higiene, de moradia, alimentação...





  Toda essa ideia deles, de ir até lá, passar por 'perrengues (entre aspas porque: pra eles são perrengues, mas para os moradores locais, nada mais é que suas vidas, suas realidades)' com um único objetivo: mostrar, ao maior número de pessoas possíveis, o quanto a pobreza está presente na vida de bilhares de pessoas. Crianças que abandonam a escola antes mesmo de terminar o ginásio, pra ajudar os pais na economia de casa e garantir a comida de cada dia - e na maioria das vezes, não é o suficiente.
   O pior, é cair a ficha de que há pessoas em condições piores a do que as que habitam aquele vilarejo (muito presente aqui no Brasil também) e que eles são completamente ignorados pelo mundo, como se fossem invisíveis e pior, não existissem; tendo que depender da caridade de organizações não governamentais e até mesmo da própria sorte.
   Depois de ver o documentário, eu pesquisei mais sobre e descobri que os meninos criaram uma organização de microcrédito sem fins lucrativos chamada de Living on One, que tem uma page no Facebook e um site, em que é explicado direitinho como você também pode fazer pra ajudar.
   Mais do que um dica do que ver naquele dia em que você está a toa rs, esse documentário também serve pra nos fazer refletir sobre o que está havendo com pessoas longe de nós, que não conhecemos, mas que poderia ser qualquer um de nós.



 Espero que gostem! :)